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Ansiedade Compreendendo e Superando

A ansiedade é uma emoção caracterizada por sentimentos de perigo iminente. Também envolve tensão, sofrimento e tendência de esquiva. Compreender essa emoção é o primeiro passo para o controle, Aprenderemos a identificar os sintomas físicos e emocionais da ansiedade, assim como suas causas subjacentes. Ao compreender melhor a ansiedade, podemos desenvolver estratégias eficazes para lidar com ela no dia a dia.

Depressão, ansiedade e estresse: você sabe a diferença entre eles?

Ambos são problemas que afetam a saúde mental e podem apresentar sintomas bastante semelhantes. Até mesmo a nível cerebral, são transtornos que afetam o sistema límbico e podem causar respostas parecidas.

No entanto, é importante ter em mente que depressão, ansiedade e estresse são comorbidades totalmente diferentes. Embora apresentem pontos em comum, como o agravamento nos últimos anos e relação com as rotinas modernas, saber diferenciá-los vai ajudar a lidar com questões de saúde mental.

Depressão

A depressão é o nome dado a psicopatologias que afetam o humor, como o transtorno depressivo maior ou a distimia, classificados na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Essas são doenças multifatoriais, que podem ter origem biológica, psicológica, genética e ambiental.

Ansiedade

A ansiedade, na verdade, é uma resposta biológica natural, presente em muitos animais. Essa é uma forma de se proteger de perigos, identificando sinais que podem representar uma ameaça e, com isso, antecipar estratégias para se defender.

No entanto, pode ocorrer a disfunção dessa resposta. É nesse caso que estamos falando de um transtorno de ansiedade. Quando isso ocorre, diversas situações corriqueiras e cotidianas podem ser interpretadas involuntariamente como uma ameaça, causando descargas de neurotransmissores como a adrenalina e noradrenalina, que deixam a pessoa em total alerta.

  • perda de interesse em atividades cotidianas;

  • humor deprimido;

  • fatigabilidade;

  • redução da concentração, atenção, autoestima e autoconfiança;

  • sensação de culpa, inutilidade e pessimismo;

  • alterações no sono e no apetite;

  • ideação de autolesão ou suicídio

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 15,5% da população brasileira apresenta transtornos depressivos. Esse grande número levanta preocupações entre os profissionais da saúde, principalmente em relação à democratização de tratamentos de qualidade para os pacientes.

Vale a pena destacar que a depressão, quando não tratada, pode se tornar uma doença incapacitante. O principal tratamento recomendado para o transtorno depressivo é a psicoterapia combinada com o uso de antidepressivos.

Com o acompanhamento de um psicólogo, é possível identificar e tratar as origens da doença, enquanto o medicamento ajuda no controle dos sintomas. Com isso, o paciente pode ter mais qualidade de vida e realizar as atividades cotidianas com mais disposição, satisfação e perspectivas.

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG);

  • fobias;

  • síndrome do pânico;

  • agorafobia;

  • Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC);

  • Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).

Segundo o relatório Depression and Other Common Mental Disorders, produzido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa o primeiro lugar entre os países com maior prevalência de casos de transtornos de ansiedade. Esse é um dos motivos pelos quais a busca por tratamentos eficientes se torna uma questão de saúde pública.

Assim como a depressão, a ansiedade pode ser tratada com a associação de uma abordagem da psicoterapia com o uso de medicamentos. A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das abordagens mais procuradas por pacientes com esse transtorno.

Para casos crônicos, como a TAG, o TOC, o TEPT e as fobias, a prescrição de antidepressivos é bastante comum, pois ajuda na regulação de neurotransmissores serotoninérgicos e, em alguns casos, dopaminérgicos. Ambas as vias se relacionam também com a modulação da adrenalina e da noradrenalina.

Estresse

O estresse também é uma resposta natural do organismo. A OMS descreve o estresse como um estado de preocupação ou tensão mental, que é desencadeado ao se deparar com uma situação desafiadora. Sendo assim, é a forma como o corpo e a mente lidam com ameaças e momentos difíceis.

É possível ressaltar, desde já, a diferença entre estresse e ansiedade. Nesse caso, é a forma como o organismo reage a um desafio depois de percebê-lo. Já as respostas ansiogênicas são a antecipação de uma reação de defesa, ao identificar uma possível ameaça.

Síndrome de Burnout

Há ainda a Síndrome de Burnout, que se tornou mais conhecida após o período da pandemia de Covid-19. Esse é um transtorno que se confunde bastante com o estresse e a ansiedade, mas também apresenta diferenças.

O Burnout é a sensação de esgotamento emocional, causado pelo excesso de estresse, cansaço e pressão psicológica. Geralmente, é um transtorno atrelado a situações de trabalho com altas demandas e muita competitividade.

Em 2020, mais de 80% dos profissionais de saúde que atuaram na linha de frente no combate à Covid-19 apresentaram sintomas de Síndrome de Burnout, segundo o Conselho Regional de Enfermagem do Mato Grosso (Coren-MT).

O dia 23 de setembro é dedicado ao Combate ao Estresse. Isso porque, devido às mudanças no estilo de vida da maioria das pessoas, essa é uma resposta que está cada vez mais presente no dia a dia. Desse modo, o que era para ser um sentimento pontual, tornou-se crônico.

A longo prazo, o contato com o estresse pode causar o aumento da pressão arterial, dores musculares devido à tensão, alterações na pele e no cabelo, mudanças na concentração e na memória, variações de humor e vários outros problemas. Além disso, pode acarretar o desenvolvimento de quadros de depressão e ansiedade.

O tratamento do estresse pode ser feito com psicoterapia e atividades de relaxamento no dia a dia. Meditação, práticas de respiração, massagens e, principalmente, a evitação de situações estressantes são recomendadas.

Alguns sinais característicos desse transtorno são:

  • sobrecarga emocional;

  • cansaço permanente;

  • dificuldade de concentração;

  • alterações no sono e no apetite;

  • mudanças bruscas de humor;

  • dores corporais, aumento da pressão arterial e problemas gastrointestinais.

O tratamento da Síndrome de Burnout é feito, sobretudo, com mudanças na rotina. Afastar-se dos fatores que aumentam o esgotamento emocional é necessário para a recuperação e redução do estresse. Ter o apoio de um psicólogo e, em alguns casos, psiquiatra também faz a diferença. Afinal, alguns quadros podem evoluir para transtornos de ansiedade e depressão.

Em geral, é possível notar as diferenças entre depressão, ansiedade e estresse pela forma como os sintomas surgem e os fatores que o desencadeiam. Buscar ajuda médica é essencial para avaliar cada caso e encontrar as melhores estratégias de tratamento, a fim de promover alívio dos sintomas e qualidade de vida.

Insônia e ansiedade: qual relação entre elas?

Dois quadros de adoecimento mental que estão afetando a saúde dos brasileiros, insônia e ansiedade têm uma relação próxima, em que uma é capaz de influenciar, causar, ser confundida ou agravar a outra.

Quadros patológicos

Insônia e ansiedade nem sempre são quadros patológicos — que demandam atenção médica. Essa última, por exemplo, é uma reação natural e instintiva a riscos, servindo para facilitar a resposta a eles. Assim, é importante entender quando cada situação passa do limite.

Insônia

A insônia crônica envolve dificuldades de adormecer ou de seguir dormindo pela noite toda, bem como pode ocorrer pela antecipação indesejada do despertar. Já seus efeitos incluem:

  • cansaço, fadiga e sonolência;

  • problemas cognitivos, principalmente em concentração e memória;

  • alterações comportamentais e de humor.

No caso da ansiedade, um quadro generalizado justifica a procura por ajuda médica. Isto é, quando as preocupações são frequentes e intrusivas, sem estar relacionados a situações de real risco.

Em geral, os prejuízos também são fatores que devem ser considerados, como a dificuldade em manter uma rotina normal, afetando o trabalho, as tarefas diárias ou os relacionamentos.

Ansiedade

Relação entre insônia e ansiedade

Ao comparar insônia e ansiedade, é viável perceber suas diferenças. A primeira é caracterizada pela ausência de sono e a segunda por preocupações excessivas atreladas a pensamentos intrusivos. Porém, é inegável que ambos têm pontos em comum.

A começar por afetarem a funcionalidade e a capacidade de realizar tarefas cotidianas. Entretanto, há mais nessa relação entre doenças, à medida que elas atuam como comorbidades: causando ou agravando uma a outra.

Do ponto de vista médico, existem quadros no qual a ansiedade leva a pessoa a ter insônia pensando nas angústias que a afligem. Isso porque é parte da realidade do ansioso não conseguir relaxar ou manter-se em alerta sempre.

Controlando os problemas

As práticas de bem-estar e saúde mental são recomendadas. Para quadros ansiosos, isso inclui a busca por autoconhecimento para entender o que está por trás do problema. Ainda, vale conhecer técnicas de respiração e autoacolhimento, a fim de reagir às crises.

Tais propostas apresentam equivalentes para momentos em que o foco é dormir melhor. Meditação, ioga e outras metodologias de relaxamento são bastante úteis, principalmente se associadas a redução de estímulos nas horas antes de ir para a cama. Outra dica é anotar e refletir sobre o dia a dia. Afinal, esses são meios para processar as informações.

Alternativamente, a falta crônica de sono também pode causar crises ansiosas que se tornam um cenário generalizado ou, ao menos, que pioram os sintomas da doença pré-existente.

Em geral, o controle de insônia e ansiedade passa por algumas medidas comportamentais como:

  • ter uma rotina;

  • reduzir o uso de telas e o tempo online;

  • praticar exercícios;

  • manter uma dieta equilibrada;

  • não ingerir alimentos estimulantes.

Sintomas Físicos da Ansiedade: O Que Acontece no Seu Corpo

Palpitações

Aumento da frequência cardíaca e sensação de batimentos cardíacos irregulares.

Tremores

Agitação involuntária das mãos, pernas ou outras partes do corpo.

Sudorese

Transpiração excessiva, mesmo em repouso.

Sintomas Psicológicos da Ansiedade: Pensamentos e Sentimentos

Além dos sintomas físicos, a ansiedade afeta a mente. Preocupações excessivas e dificuldade de concentração são comuns. Irritabilidade e sensação de pânico também podem ocorrer . Sentimentos de apreensão constante e medo são frequentes na ansiedade.

A sensação de "estar no limite" e a tendência a antecipar o pior são sinais psicológicos comuns, assim como a dificuldade de relaxar e pensamentos negativos persistentes. Em casos mais severos, pode ocorrer a sensação de despersonalização ou de desrealização, levando a pessoa a se sentir desconectada de si mesma ou do ambiente ao seu redor.

Em alguns casos, a ansiedade pode desencadear ataques de pânico, acompanhados por sintomas físicos intensos como falta de ar e sensação de morte iminente.

Insonia

A insônia é outro sintoma comum associado à ansiedade, dificultando o sono e causando problemas de descanso e relaxamento.

Preocupações Excessivas
preocupações excessivas podem levar a comportamentos compulsivos, como roer unhas ou verificar constantemente se portas estão trancadas. Além disso, a ansiedade pode afetar a qualidade do sono, resultando em insônia ou dificuldade para adormecer.

Dificuldade de Concentração
Problemas para focar em tarefas e manter a atenção, o que pode impactar o desempenho acadêmico e profissional. A inquietação constante e a sensação de estar sempre sob pressão também são sintomas comuns da ansiedade. A terapia cognitivo-comportamental pode ser uma abordagem eficaz para ajudar a lidar com esses aspectos da ansiedade.

Irritabilidade
Sentimentos de frustração e impaciência, que podem surgir facilmente em situações do dia a dia. Essa irritabilidade pode afetar os relacionamentos interpessoais, tornando-se importante buscar maneiras saudáveis de lidar com essas emoções, como a prática de técnicas de relaxamento e a comunicação assertiva.